Anvisa vota uso emergencial de 4,8 milhões de doses da Coronavac. Siga

Anvisa já havia aprovado o uso emergencial de doses importadas do laboratório chinês Sinovac. Agora, avalia a vacina produzida no Brasil

Em reunião com a Diretoria Colegiada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia, na tarde desta sexta-feira (22/1), a liberação do segundo pedido de uso emergencial da vacina Coronavac feito pelo Instituto Butantan. Se aprovada, a decisão permitirá a distribuição de mais 4,8 milhões de doses do imunizante.

Para decidir, a Anvisa analisou um documento enviado pelo instituto que tinha mais de 900 páginas. O encontro é transmitido pelos canais digitais da agência.

Vale lembrar que no último domingo (17/1) a Anvisa já havia dado o aval para aplicação de 6 milhões de doses do imunizante. Ocorre, contudo, que a vacina em questão era originária do laboratório chinês da Sinovac. Desta vez, a agência avalia as doses produzidas no Brasil.

Na ocasião, os diretores da agência reguladora votaram todos a favor dos pedidos de uso emergencial. A escolha ocorre por maioria simples.

De acordo com o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos, a análise da agência nesta sexta está restrita ao envase do imunizante produzido no Brasil, que apresenta “pequenas diferenças” em relação ao procedimento adotado pela Sinovac na China.

“Frente essas diferenças, avaliamos a comparabilidade entre os processos, que mostrou pra gente que mesmo utilizando o mesmo equipamento, alguns pequenos parâmetros tiveram que ser ajustados no momento que deixa a China e chega ao Butantan. Avaliamos também a descrição dos lotes e resumo dos resultados dos testes de controle.”

“Observamos os resultados dos testes para liberação do lote e do controle de processos, comparando três lotes fabricados na condição original. Ao comparar esses processos e o desempenho desses lotes, traz a segurança de que, mesmo tendo diferenças, preserva a característica da vacina.”

“Recordista em rapidez”

Ao abrir a reunião de análise, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou que a agência é recordista em tempo de análise de imunizantes da Covid-19 no mundo.

“Gostaria de ressaltar a característica única no mundo em que a Anvisa, inserida no contexto de suas agências coirmãs, apresentou num tempo ainda não visto na análise das vacinas da Covid-19 o seu atesto perante dois protocolos vacinais”, disse.

“Uma marca única no cenário mundial na análise de imunobiológicos para enfrentamento da Covid-19. Nenhum sentido faz citar o trabalho da agência atrelado a nomes como burocracia ou atraso. Somos recordistas em tempo de análise bem feita e com segurança”, completou.

Torres voltou a dizer que a Anvisa não segue motivações políticas, mas voltadas apenas para o âmbito científico-regulatório. “Nenhum outro motivo tem norteado nossos esforços”, enfatizou.

A decisão sobre o uso emergencial das vacinas passa a valer a partir do momento em que os laboratórios forem comunicados. A autorização é publicada no portal da Anvisa, no extra de deliberações da Diretoria Colegiada. Não há necessidade de publicação da norma no Diário Oficial da União (DOU).

Márcio Brito

Márcio Brito

Designer gráfico DaQui agência Digital e colaborador Mundial fm 91.3

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