Concessionárias oferecem excelentes barganhas no estoque de automóveis de 2018 e 2019

Se você pensou em comprar um carro novo nos últimos tempos, este é seu dia de sorte. 

06/04/2020 – 10:21 | Por Redação 91.3

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Se você pensou em comprar um carro novo nos últimos tempos, este é seu dia de sorte. As condições atuais do mercado tornaram novos automóveis mais acessíveis do que nunca. As concessionárias estão desesperadas para esvaziar o estoque não vendido de 2018 e 2019 a fim de abrir espaço para os modelos de 2020. Assim, usuários virtuais inteligentes podem se beneficiar e garantir um negócio incrível em um novo veículo.

“A construção trabalha por ciclos prolongados, mas a disseminação da Covid-19 muda o cenário”, avalia Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE. 

Há duas grandes razões pelas quais é possível conseguir um excelente desconto em um carro novo hoje:

1. Os novos modelos foram apresentados antes de os anteriores serem vendidos.
2. Modelos de anos anteriores foram produzidos em excesso, ocasionando um excedente no estoque.

Ambos os cenários permitem que os consumidores se beneficiem da forte queda de preços. As concessionárias estão se esforçando para esgotar o estoque não vendido, já que precisam abrir espaço para os modelos de 2020.

Você está se perguntando como encontrar esses carros com desconto? Se estiver lendo esta notícia, já possui as habilidades de pesquisa necessárias. Procurar on-line e comparar opções é a melhor estratégia. Continue lendo para saber mais detalhes.

Carros a gasolina, híbridos e elétricos

Nos últimos anos, as concessionárias sentiram uma redução na demanda de carros tradicionais movidos a gasolina. Enquanto isso, a procura por carros híbridos e eletrônicos tem crescido.

Para que fique claro, a diferença entre carros tradicionais, híbridos e elétricos é a maneira como o veículo obtém sua energia. Carros tradicionais precisam de gasolina ou diesel para alimentar um motor de combustão interna.¹

Carros híbridos têm um motor de combustão interna e podem ser abastecidos com gasolina, assim como os automóveis tradicionais, mas também têm um motor elétrico e uma bateria. Isso lhes permite alcançar uma eficiência de combustível significativamente melhor e poluir menos o ar do que os veículos não híbridos convencionais.

Carros totalmente elétricos, diferentemente dos híbridos, não funcionam com gasolina. Eles obtêm toda a sua energia de fontes elétricas. São considerados veículos de emissão zero completamente não poluentes.² Embora não precisem de combustível para funcionar, é necessário carregá-los na energia regularmente.

Em resposta ao aumento da demanda por carros híbridos e elétricos, aconteceram algumas coisas. Primeiro, muitas concessionárias superestimaram a demanda e encomendaram muito mais carros híbridos e elétricos. Elas precisam encontrar uma maneira de se livrar dos que não foram vendidos, e normalmente fazem isso reduzindo os preços.

Também em resposta a essa crescente demanda, as concessionárias estão encomendado mais veículos híbridos e elétricos a cada ano. Isso significa que elas têm diversos novos modelos que precisam caber no estacionamento.

Elas precisam se livrar, e rápido, dos modelos 2018 e 2019 que ainda não foram vendidos. Com cada vez mais carros de 2020 para colocar no estacionamento, há menos espaço para os de anos anteriores. O que isso significa? Grandes descontos e preços mais acessíveis!

Como encontrar as melhores ofertas

Para encontrar as ofertas disponíveis mais vantajosas, a melhor aposta é pesquisar on-line. As concessionárias normalmente oferecem preços exclusivos para compras virtuais, que são mais baixos do que os das ofertas presenciais. Além disso, isso poupa o aborrecimento de precisar negociar.

Com uma simples busca on-line, você conseguirá encontrar várias ofertas e incentivos disponibilizados por concessionárias locais.

Lembre-se também de comparar várias opções, principalmente se houver flexibilidade quanto à marca do carro que você quer adquirir. Com bastante frequência, algumas concessionárias oferecem promoções melhores (e um estoque maior de carros não vendidos) do que outras. Naturalmente, pesquisar um pouco mais pode recompensar.

À medida que carros usados continuam chegando às concessionárias e os antigos modelos se tornam irrelevantes, pode esperar que elas ofereçam algumas ofertas incríveis em sedans, SUVs, crossovers, carros híbridos e elétricos e também em carros pequenos.

Assim, se você estiver planejando comprar um carro novo, este é um ótimo momento para procurar ofertas. Mas esses negócios incríveis não vão durar para sempre, então, é bom aproveitar a oportunidade enquanto ainda é tempo.

A consequência até o momento é uma perda acentuada dos ganhos vistos em 2019. A maioria dos papéis caiu mais que o Ibovespa (-36,78%) desde o início do ano. Veja as taxas para nove papéis:

 Variação em 2019Variação em 2020 (até 30/03)
Helbor ( HBOR3)201%-60,21%
Even ( EVEN3)159,30%-60,15%
Tecnisa ( TCSA3)28,00%-59,01%
Cyrela ( CYRE3)100,80%-51,12%
Direcional ( DIRR3)111,56%-43,60%
MRV ( MRVE3)85,13%-41,71%
Eztec ( EZTC3)107,60%-41,23%
Mitre ( MTRE3)-41,00%
Tenda ( TEND3)96,80%-31,06%

Apesar disso, quem acompanha o setor segue com expectativas positivas no médio e longo prazo para as empresas, dado que, na maioria delas, há colchão para sobreviver à pior fase e retomar o crescimento pré-coronavírus no médio e longo prazo.

Ruptura

Analistas da XP Investimentos esperam queda considerável nos lançamentos e vendas tanto no segundo quanto no terceiro trimestre de 2020, “uma vez que as quarentenas devem continuar prejudicando atividades não essenciais e as estandes de vendas devem continuar fechadas no curto prazo”. A partir do segundo semestre, consideram uma retomada gradual nos negócios, com normalização apenas em 2021.

Com atraso nas aprovações de projetos pelos municípios após a retomada dos negócios, a XP calcula redução entre 34% e 38% nos lançamentos em 2020 na comparação com 2019.

Fora isso, os especialistas veem geração mais fraca de caixa ou até queima de recursos assumindo aumento nos cancelamentos de contratos no curto prazo “devido à menor confiança do consumidor e ao menor apetite dos bancos em concederem crédito imobiliário”.

Em extenso relatório sobre o setor, o Itaú BBA estima que as companhias dentro da sua cobertura queimarão, juntas, R$ 969 milhões de caixa apenas durante o segundo trimestre de 2020. O BBA tem cobertura para Mitre, Eztec, Cyrela, Even, Tecnisa, Helbor, MRV, Tenda e Direcional.

Mais resilientes

Segundo os cálculos do BBA, a queda na receita deve ser entre 10% e 48% para as construtoras focadas nas classes média e alta e entre 8% e 17% para aquelas cujos projetos são voltados para a baixa renda.

“A crise entre 2014 e 2018 afetou negativamente empresas voltadas a clientes de renda média-alta, cujos lançamentos caíram significativamente, afetando sua produtividade”, lembra o relatório. “Ao mesmo tempo, construtoras para a baixa renda conseguiram sustentar lançamentos e lucratividade estáveis.”

Segundo os analistas, a maior resiliência desse segmento deve se repetir neste ano, dada a exposição geográfica mais diversificada e a demanda crescente na categoria. O que pode mudar essa visão é a forma como o governo utilizará o FGTS na crise, “especialmente considerando o impacto que isso pode ter no financiamento do MCMV”.

Vale lembrar que, sem recursos para bancar o programa de habitação social, o governo renovou a portaria que determina que o fundo de garantia assuma todos os subsídios das faixas 1,5 e 2 do MCMV, que atendem famílias com renda mensal entre R$ 2,6 mil e R$ 4 mil, respectivamente. Normalmente, 90% do financiamento parte do FGTS nessas faixas, e 10% da União.

Longo prazo positivo

Apesar do baque, a vantagem das construtoras é ter caixa robusto, graças às ofertas de ações recentes. O setor levantou R$ 5,5 bilhões no período mais otimista de retomada da economia e do crédito. O intuito era liquidar dívidas e investir em novos projetos, mas o dinheiro deve ajudar nesse momento de economia paralisada.

“Não prevemos grandes problemas de liquidez para as empresas que cobrimos, já que todas elas estão relativamente desalavancadas”, diz o relatório do BBA. “De fato, as construtoras brasileiras estão menos alavancadas do que estavam no contexto das crises anteriores (2009 e 2016, por exemplo).

O indicador que avalia nível de dívida líquida sobre preço da ação, muito utilizado entre analistas para indicar oportunidades na Bolsa, chega a estar negativo para algumas empresas, o que significa que seu caixa é maior que sua dívida, conforme visto nas imagens abaixo, que mostram, respectivamente, a expectativa de queima de caixa e os níveis de alavancagem das empresas em comparação com o preço das ações.

Considerando esse cenário de provável retomada a partir de 2021, os níveis de caixa e os preços descontados das ações, os analistas de ambas as casas não recomendam venda dos papéis dessas construtoras neste momento, mas alertam para um risco de médio prazo caso as cadeias de suprimentos sofram mais com o prolongamento do lockdown.

O BBA tem recomendação de compra para Mitre, EZtec, Tecnisa, Helbor, MRV, Tenda e Direcional, e de manutenção para Cyrela e Even. Já a XP manteve compra para os papéis que cobre: Cyrela e EZTec.

Márcio Brito

Márcio Brito

Designer gráfico DaQui agência Digital e colaborador Mundial fm 91.3

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