O dólar opera em alta nesta quinta-feira (7), dando sequência aos fortes ganhos da véspera.
Às 15h30, a moeda norte-americana subia 0,84%, cotada a R$ 4,7555 na venda. Veja mais cotações.
Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 1,20%, cotado a R$ 4,7159. Com o resultado, passou a acumular queda de 0,91% no mês e de 15,41% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os preços do petróleo subiam nesta quinta-feira.
Na véspera, o pessimismo de Wall Street pesou nos mercados após a divulgação de ata do Federal Reserve mostrar que o banco central dos Estados Unidos planeja ser agressivo no combate à inflação.
Os comentários do Fed aumentaram o desconforto dos investidores com a guerra na Ucrânia, surtos de covid-19 na China e inflação alta persistente. A ata da reunião de três semanas atrás mostrou que as autoridades do BC dos EUA concordaram em começar a cortar o estoque de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas do banco central em cerca de US$ 95 bilhões por mês. Isso é mais do que alguns investidores esperavam e quase o dobro do ritmo da última vez que o banco central americano encolheu seu balanço.
Na cena doméstica, o Ministério de Minas e Energia (MME) indicou José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da Petrobras. O nome do executivo foi indicado depois da desistência do economista Adriano Pires. Além dele, o governo federal, indicou Marcio Andrade Weber para a presidência do conselho de administração da estatal. Os novos nomes, porém, ainda precisam ser submetidos à aprovação em assembleia geral ordinária (AGO) prevista para o dia 13.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e perspectiva de manutenção de juros em patamares mais elevados no Brasil. O país possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.