O que se esconde por trás de séries
como Lúcifer e Sabrina?

Produções apresentam o Diabo como um ser incompreendido

Sabrina Spellman, aparentemente, é uma menina normal: vai à escola, tem amigos, namora um rapaz legal e mora com uma família que a ama. Mas, ao completar 16 anos, ela terá que assumir sua verdadeira identidade: Sabrina é uma bruxa.

O resumo acima é de uma das séries mais aclamadas da Netflix: O Mundo Sombrio de Sabrina. A série estreou em outubro de 2018 e, no dia 24 de janeiro de 2020, chegou a terceira temporada da história, que terá uma sequência ainda sem data definida.

Apesar do tom voltado para o público adolescente, a história trata Satanás como um ser bom e recompensador, enquanto Deus é tratado como uma falsa divindade.

Além disso, alguns episódios mostram bruxas matando pessoas e até cometendo canibalismo. Algo bem diferente do que era visto em Sabrina, Aprendiz de Feiticeira, série dos anos 90 estrelada por Melissa Joan Hart. Atualmente a atriz é cristã e protagonizou o filme Deus Não Está Morto 2.

A forma como Satanás é apresentado na série é vista com certa preocupação pelo escritor Maurício Zágari. Autor de três livros de ficção, Zágari acredita que um jovem desavisado pode passar a simpatizar com a figura do Diabo e seus valores através desse conteúdo.

– A ficção é poderosa. Não admira que Jesus tenha contado mais de 40 histórias de ficção – as parábolas – para ensinar e influenciar Seus discípulos. O perigo é a pessoa trazer para a vida real os valores da ficção, o que não é raro. Eu ficaria surpreso se a sociedade sem Cristo rejeitasse os valores antibíblicos de tais séries. Se você ama o que o Diabo ama, ou se o considera uma figura alegórica, não verá mal em enxergá-lo como um herói ou um “cara legal”. O que me surpreenderia seria um cristão apreciar tais séries – disse ao Pleno.News.

Tom Ellis interpreta o Diabo na série Lúcifer Foto: IMDB

Essa figura do Diabo como um “cara legal” também é vista na série Lúcifer. Após três temporadas e com risco de ser cancelada, os direitos da obra foram adquiridos pela Netflix, que lançou uma quarta temporada e a quinta chega ao catálogo da plataforma no dia 21 de agosto deste ano. Interpretado por Tom Ellis, o Senhor do Inferno resolve tirar férias em Los Angeles. Nos episódios, ele é colocado muitas vezes como um filho injustiçado por Deus, ao contrário de Miguel e Jesus.

Para o escritor e youtuber Tato Campos, do canal Bando de Quadrados, que une conteúdo nerd e conceitos cristãos, esse tipo de conteúdo pode abrir brechas espirituais. Tato ainda alerta que, sem a devida orientação, séries com essa temática podem gerar opiniões que vão contra as Sagradas Escrituras.

– Todas as nossas ações no mundo físico afetam o mundo espiritual e trazem consequências. Nós cristãos temos que saber o que o mundo está oferecendo para que possamos nos preparar cada vez mais para a guerra espiritual que estamos travando, desde o dia em que aceitamos Jesus. Não defendo o consumo de conteúdo satânico, mas temos que ser como o Batman, que estuda seus inimigos e as táticas usadas por eles, para que possa estar à frente deles. Assim, seremos obreiros aprovados que manejam bem a Palavra e não tem do que se envergonhar – orienta Tato.

E o público infantil também tem sido bombardeado por esses conceitos distorcidos. Duas animações do Cartoon Network também trazem o Diabo como alguém engraçado. Em As Meninas Super-Poderosas, o vilão identificado apenas como Ele traz um visual andrógeno e efeminado. Já em A Vaca e o Frango, um personagem chamado Bum Defora tenta de todas as formas levar os dois para o inferno.

Nos desenhos Disney, também vale destacar o gato da Cinderela que se chama Lúcifer. E no seriado do Chaves, o gato da “Bruxa do 71” é chamado de Satanás.

Diabo representado em desenho infantil Foto: Reprodução

Comentando sobre séries em seu canal no YouTube – o Bibliaflix – o Pr. Lucas afirma que que o Diabo tem se apoderado da mídia para influenciar a juventude. O cantor declara que o mal sempre age de forma sorrateira, colocando Satanás em uma situação de vítima.

– Quando o mal é mau, você logo descarta! Mas quando uma garotinha de 16 anos é a bruxinha linda e não é tão má assim, ela se torna mais uma das armas poderosíssimas de Satanás. Por isso, eu oro para que uma igreja se levante e se empodere da mídia.

Apesar de não ser contra nenhum tipo de entretenimento, Pr. Lucas aconselha as pessoas a terem maturidade na hora de escolher o conteúdo que irão acessar dentro de casa.

– Existe classificação indicativa de idade, mas não tem de maturidade. A gente não sabe como essa galera vai absorver todas essas propostas. Essa geração absorve tudo e os riscos são imensos. Se você ainda não é maduro para assistir a tudo que tiver uma exposição do mal, meu conselho é que não assista, porque é um risco muito grande – finaliza Pr. Lucas.

Márcio Brito

Márcio Brito

Designer gráfico DaQui agência Digital e colaborador Mundial fm 91.3

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