O Suzuki Jimny Sierra é famoso por ser extremamente competente no off-road. Ao longo dos anos, o jipinho conquistou uma legião de fãs no mundo todo. Atualmente, o Jimny permanece competitivo, sendo o 4×4 mais barato do Brasil.
Contudo, esse cenário pode mudar: novas leis de restrição para emissão de poluentes podem fazer com que o modelo saia de linha no Brasil e em outros países. No Brasil, o responsável seria o Proconve L8, que entra em vigor em 2025.
Atualmente, o único carro comercializado 0 km pela Suzuki no Brasil é o Jimny Sierra, uma evolução do antigo Jimny, que era fabricado no país.
O Jimny Sierra é importado do Japão em seis versões, todas elas com motor 1.5 aspirado movido à gasolina e tração 4×4.
Enquanto a versão de entrada conta com câmbio manual, as demais contam com automático de quatro marchas. As variações entre as versões são de itens como faróis em LED, revestimentos internos, ar-condicionado digital, dentre outros.
O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) L8, legislação inspirada em leis americanas e europeias de restrição de emissão de poluentes, pode significar o fim de linha para o Jimny Sierra, que está fora dos padrões impostos por essa versão do programa.
Alterar os motores para atender às novas normas seria um processo caro e que deveria ser feito no Japão. O custo para a realização dessas mudanças podem não compensar financeiramente para a montadora, que ainda não tomou uma decisão definitiva para o caso.
Em um passado próximo, a Suzuki já afirmou estar trabalhando em versões híbridas e elétricas do Jimny.
Essas versões foram pensadas para outros países onde o modelo faz sucesso e que contam também com novas normas para emissão de poluentes, como é o caso dos países europeus.
Essa pode ser uma solução para que o Jimny continue a ser vendido no Brasil, mas o novo conjunto pode tornar o jipinho consideravelmente mais caro.
Atualmente, a HPE Automotores, empresa que comanda a operação da Suzuki e da Mitsubishi no Brasil, dialoga com a matriz da Suzuki no Japão para encontrar uma solução viável para continuar oferecendo o modelo por aqui.
Além da possibilidade de fazer mudanças na mecânica do modelo para adequá-lo às novas regras, também dialoga-se sobre a hipótese de importar ao país modelos híbridos da marca que já são vendidos em outros mercados.
As decisões devem ser tomadas em breve, já que em poucas semanas o Proconve L8 passará a vigorar.
Por: Guilherme Machado