Mandetta e Bolsonaro estão em crise após divergirem sobre medidas de combate ao coronavírus. Enquanto o ministro defende um isolamento total para evitar o aumento do contágio, o presidente acredita que apenas o grupo de risco deveria ficar em casa, enquanto o resto da população continue trabalhando para evitar uma crise econômica.
Na semana passada Bolsonaro chegou a cogitar demitir Mandetta, mas foi convencido pela ala militar do seu governo em manter o ministro. Neste domingo, o chefe da pasta da Saúde concedeu uma entrevista à TV Globo na qual ele criticou a postura de Bolsonaro e pediu união no discurso.
Essa atitude incomodou a ala militar que até então estava em sua defesa.
“O ministro cruzou a linha da bola e cometeu uma falta grave”, classificou Mourão.
O vice-presidente não tomou lado nessa disputa, mas defendeu um isolamento inteligente, que seria feito através de testagem em massa e estudos das áreas que devem ser isoladas e as que podem continuar suas atividades. “Nós estamos enfreando uma situação que a nossa geração n tinha enfrentado. Nessa hora a gente tem que relevar pequenas coisas e avançar em buscar melhor solução para o país”, afirmou.
O vice-presidente, que incomoda a ala ideológica do governo Bolsonaro, principalmente os seguidores do guru Olavo de Carvalho, criticou as manifestações que estão ocorrendo no Brasil pedindo o fim do isolamento. Para o general, os manifestantes são pessoas ricas que não correm perigo.