A liderança do descaso na infraestrutura da ponte que desabou e resultou na morte de pelo menos três pessoas entre os estados do Tocantins e do Maranhão, no último domingo (22), foi exercida, desde 2023, por Renan Bezerra de Melo Pereira, que já foi detido pela Polícia Federal por suspeitas de corrupção e é réu em processo vinculado à Operação Ápia, que foi iniciada em 2017.
Renan ocupa a liderança do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins, que é responsável pela ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, com a aprovação do presidente Lula (PT) e do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), atualmente sob os holofotes, se apresentando como solucionadores do problema, que foi negligenciado por cerca de dois anos nas gestões dos envolvidos.
O histórico criminal do gestor do DNIT do Tocantins foi revelado pelo colunista Diogo Schelp, da Gazeta do Povo, com o alerta sobre a necessidade de uma análise abrangente das responsabilidades pela falta de manutenção da ponte, que até o momento deixaram duas vítimas fatais e 15 desaparecidos, além do dano ambiental causado pela carga de 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas de três caminhões que afundaram no Rio Tocantins, durante o incidente.
Renan Bezerra foi alvo de prisão e é réu no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, no contexto da investigação da Ápia que resultou em uma acusação do Ministério Público Federal por peculato, corrupção passiva, crime do colarinho branco e lavagem de dinheiro. A operação investigou responsabilidades por fraudes em licitações e em contratos de obras com suspeitas de desvios de mais de R$ 200 milhões do BNDES.
Foto: Reprodução
Fonte: Diário do Poder