Alan Nicolas e os shows com hologramas: como a IA está inovando

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Alan Nicolas e os shows com hologramas: como a IA está transformando o entretenimentoFoto: Emanoel Marques

Não é de hoje que os shows com hologramas têm chamado atenção no mercado global de entretenimento. A proposta de “ressuscitar” artistas icônicos de volta aos palcos é sedutora para a indústria de shows e o público consumidor.

Para o empresário Alan Nicolas, especializado em tecnologia, os recursos baseados em Inteligência Artificial são uma ferramenta em cheio para potencializar a inovação do mercado em diversos ramos.

Com uma trajetória marcada pela construção de empresas de sucesso no mercado digital e pela aplicação da Inteligência Artificial, Nicolas trabalha em desenvolver a eficácia destes softwares e compartilha seus conhecimentos com uma comunidade de mais de 5 mil alunos.

Não é à toa que esta tecnologia tem adentrado diversos ramos da vida humana, incluindo o entretenimento.

“Shows como os de Tupac Shakur e Whitney Houston em apresentações póstumas, por exemplo, despertaram o debate sobre o potencial dos hologramas como ferramenta de entretenimento. Os softwares de Inteligência Artificial desempenham um papel crucial nesse processo, na simulação de movimentos e na recriação de vozes”, analisa Alan Nicolas.

Ao longo do ano de 2024, aconteceram diversos anúncios de turnês póstumas,  incluindo Elvis Presley, por exemplo.

No início deste ano, as empresas Layered Reality (especialista em eventos imersivos) Authentic Brands Group, que gerencia os direitos de imagem de Elvis Presley, anunciaram o projeto Elvis Evolution, que promete shows com o cantor clássico em tamanho real, performando alguns de seus maiores sucessos na carreira.

Uma proposta que parece ser deveras ambiciosa na verdade é mais comum do que se imagina, sendo aplicada por grupos famosos como ABBA, que realizou uma apresentação com seus integrantes mais “jovens” e mantém o projeto ABBA Voyage em Londres.

Essa estratégia remete desde os anos 2010, revivendo figuras emblemáticas da música: Michael Jackson, Renato Russo, Cazuza; e também artistas que permitiram o uso de sua imagem em hologramas, como o grupo Black Eyed Peas e Mariah Carey. Shows realizados por estas estrelas, no entanto, é uma novidade para a indústria musical, que enfrenta o dilema da legitimidade destes eventos.

Shows de hologramas são frequentemente questionados pelo público e especialistas em entretenimento. Seria válido pagar um ingresso para ver uma simulação de um artista, em vez do próprio? Claro que, para fãs de artistas póstumos (como Presley, Whitney Houston e Tupac Shakur), a experiência de presenciar um show é nula, considerando estas questões levantadas.

De acordo com o presidente da Layered Reality, não é objetivo dos hologramas substituir os artistas, e sim proporcionar ao público a experiência de criar memórias com estas figuras, mesmo que virtualmente. No caso de Presley, por exemplo, que nunca fez um show internacional devido a problemas legais com o empresário, apenas uma quantidade muito limitada de seus fãs compareceu a apresentações do cantor.

Independentemente das críticas, positivas ou negativas, os shows por hologramas têm se tornado uma realidade muito próxima. Com o advento da Inteligência Artificial, a “automatização” dos hologramas têm se tornado mais simples. Na abertura do Carnaval de Recife, em 2024, os foliões foram surpreendidos com uma apresentação de Chico Science, falecido em 1997 em acidente de carro.

Por meio de um holograma desenvolvido com auxílio de softwares de IA, o artista “subiu” ao palco para cantar um de seus maiores sucessos: A Praieira presente no disco Da Lama ao Caos. A voz do cantor foi reconstruída de arquivos, e seus movimentos (executados por um dançarino) foram mapeados por Inteligência Artificial para construir a apresentação.

Algo semelhante aconteceu em junho deste ano, no show da banda Roupa Nova. O grupo, que se apresentou na Festa do Peão de Americana, em São Paulo, trouxe de volta o saudoso vocalista Paulinho, que faleceu em 2020 devido ao coronavírus. O cantor “performou” junto à banda, o sucesso Os Corações Não São Iguais.

Além disso, negociações estão sendo realizadas para uma possível turnê em holograma do cantor Freddie Mercury, eterno frontman do Queen, falecido há mais de 30 anos, mas nada foi confirmado.

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