Nesta terça-feira (7), Lula demitiu o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta. O publicitário Sidônio Palmeira assumirá o comando da Secom na semana que vem.
Sidônio foi marqueteiro do petista na campanha de 2022. Ele disse que é necessário que o governo evolua na parte digital da comunicação.
– Tem uma observação também na parte digital, alguns dizem assim até que é analógico, acho que a gente precisa evoluir nisso. É um segundo tempo que estamos começando, não o primeiro tempo – comentou.
Sidônio também mencionou que vem da iniciativa privada, e que nunca trabalhou em um governo.
– É uma experiência nova, interessante, é um grande desafio. Eu mesmo vou me cobrar, a comunicação é um negócio muito interessante para um governo.
Ele disse ainda que fará o máximo para manter a transparência.
Lula (PT) decidiu trocar a gestão da Secom por julgar que seu governo tem grande número de obras e bons programas sociais, mas que problemas de comunicação impedem que isso se traduza em popularidade junto ao eleitorado. O cenário preocupa, porque o presidente precisa estar em alta nas eleições de 2026 para se reeleger ou promover a candidatura de um sucessor.
Segundo Sidônio, é necessário equilibrar “expectativa, gestão e percepção popular”. Ele afirmou que prestará informações à imprensa para facilitar a divulgação dos programas do Executivo. Também declarou que comunicação não é um tema só da Secom, mas do governo como um todo.
A demissão de Paulo Pimenta era aguardada em Brasília há pelo menos um mês. Em 6 de dezembro do ano passado, o presidente disse em público que havia problemas na comunicação do governo e que faria as “correções necessárias”. Todo o mundo político entendeu a declaração como uma espécie de aviso prévio aberto a Pimenta. Paralelamente a isso, Lula negociava a entrada de Sidônio na gestão federal.
Como mostrou o Broadcast Político, funcionários da Secom já vinham sendo avisados de que seriam demitidos desde segunda-feira (6). Sidônio levou ao Planalto naquele dia Thiago César, que será seu secretário-executivo, e Paulo Brito, que será seu chefe de gabinete. O movimento deixou claro que a troca era iminente e que os atuais ocupantes desses cargos seriam dispensados.
Por: Pleno.News