O Bahia está classificado para as quartas de final da Copa do Brasil com méritos, ninguém vai contestar isso. Mas o placar agregado com apenas um gol de vantagem diante do Retrô, um dos piores times da Série C, mostrou uma versão que não pode ser repetida se o Tricolor quiser conquistar vaga inédita na semifinal da competição nacional.
O empate por 0 a 0 no jogo da volta, na última quarta-feira, deixou impressão ruim depois de triunfo simples na Fonte Nova, na partida de ida. As vaias em Salvador e na Arena Pernambuco confirmaram que o time azul, vermelho e branco ficou devendo bom futebol.
Diante do jogo decisivo, o técnico Rogério Ceni preservou menos jogadores em relação à última partida. Apenas o lateral-direito Gilberto, o zagueiro Ramos Mingo, e os atacantes Ademir e Willian José ficaram no banco. O meio-campo titular, por exemplo, foi mantido, mas isso não foi suficiente para que o time apresentasse o belo futebol de outras partidas.
Escalação do Bahia: Ronaldo; Santi Arias, Gabriel Xavier, David Duarte e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas e Everton Ribeiro; Cauly, Kayky e Lucho Rodríguez.
Kayky foi o responsável por jogar pelo lado esquerdo do ataque, enquanto Cauly alternou entre zonas central e direita do campo em um jogo de controle das ações do Tricolor, mas sem perigo de gol.
O Tricolor teve posse de bola no campo ofensivo, mas nenhuma chance criada nos primeiros 28 minutos. Depois, teve dois cruzamentos perigosos da direita não finalizados. O terceiro teve conclusão travada de Lucho após boa tabela entre Arias e Everton Ribeiro, mas nada além disso na primeira etapa.
O Tricolor ainda flertou com o perigo e permitiu chegada do Retrô por meio de contra-ataque que exigiu grande defesa de Ronaldo em jogada na qual Gabriel Xavier ficou distante de Fialho, autor da finalização.
O Bahia voltou mais agudo no início do segundo tempo e teve boas chegadas com Kayky pelo lado esquerdo, uma delas com finalização de Lucho Rodríguez defendida por Fabian Volpi. Mas o momento mais intenso durou pouco tempo, e Rogério Ceni fez duas mudanças aos 15 minutos.
Michel Araujo e Ademir entraram nos lugares de Everton Ribeiro e Cauly, respectivamente. Lado direito cheio de gás e com um atacante para fazer o corredor, mas as primeiras impressões foram as mesmas: Tricolor sonolento e pouco perigoso.
Aos 24 minutos, um raro momento de acerto contou com Kayky encontrando Lucho pelo meio da área e terminou em finalização para fora do atacante uruguaio. Mas pouco tempo depois a linha de defesa do Bahia tomou bola nas costas e viu Mascote perder chance cara a cara, um flerte com o perigo que poderia ter sido evitado.
Ceni fez mais duas trocas após a perigosa jogada: colocou o volante Rezende no lugar de Caio Alexandre e o atacante Willian José na vaga de Lucho Rodríguez. O atacante Tiago também entraria no lugar de Kayky na sequência, mas o Tricolor passou alguns minutos recuado e sofrendo bolas na área.
Mesmo assim, ainda deu tempo para tentativas de Michel Araujo, para fora, e de Jean Lucas de longe, no travessão, diminuírem a impressão ruim deixada pelo desempenho da equipe, que terminou vaiada por sua torcida ao fim do jogo.
Agora, os jogadores do Bahia voltam a pensar no Campeonato Brasileiro, onde têm mantido rendimento em alta e estão no G-4. O Tricolor entra em campo neste sábado, quando recebe o Fluminense, pela 19ª rodada, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, às 21h (de Brasília).
																		
																		
																		
																		
																		
																		
				
							
								





								
								
								
								
								
								
								
								
								
											
								
								