O Ministério Público de São Paulo deve começar a negociar nesta quarta-feira (13) um acordo de colaboração premiada com o auditor da Receita estadual Artur Gomes da Silva Neto, acusado de conceder benefícios fiscais a empresas em troca de propinas.
Promotores responsáveis pelo caso devem se encontrar para uma conversa inicial na tarde desta quarta-feira com ele na prisão onde o auditor está detido, no 8o. Distrito Policial de São Paulo, no Belenzinho, na Zona Leste.
O encontro ocorrerá após advogados dele sinalizarem disposição de Artur de colaborar com as investigações.
Os investigadores avaliam que, dada a magnitude do esquema, Artur não agiu sozinho e poderá entregar outros servidores, especialmente seus superiores hierárquicos. Ele também poderia relatar outras empresas envolvidas no esquema.
Não há sinal, porém, de envolvimento da cúpula da Secretaria da Fazenda do estado de São Paulo no esquema, nem do secretário Samuel Kinoshita.
Em outra frente, o órgão também considera negociar um acordo de delação com o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, o empresário Sidney e o diretor estatuário da rede Fast Shop, Mario Otávio Gomes. Até a noite desta terça-feira, ainda não havia sido feito nenhum contato por parte de seus advogados.
A prisão temporária de empresários envolvidos em um esquema de corrupção foi determinada para evitar interferências nas investigações e interromper as atividades ilícitas em andamento. A informação foi revelada por João Ricupero, promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), do Ministério Público de São Paulo






