Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras, se pronunciou nesta sexta-feira (07) sobre o episódio de racismo sofrido pelo atacante Luighi na última quinta-feira (06), em jogo da equipe sub-20 contra o Cerro Porteño pela Libertadores da categoria, no Paraguai.
“Vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño do torneio. Porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas, nossos torcedores”, disse a dirigente em entrevista coletiva.
Além da revelação, Leila afirmou que o time do Palmeiras acertou em não abandonar o campo após o incidente no Estádio Gunther Vogel, em Assunção, capital paraguaia.
“Nós não vamos abandonar o campeonato, não vamos deixar o campo jamais. Isso seria punir a vítima. Esses meninos têm sonho de brilhar no futebol, e eu não vou tirar isso deles. Nós vamos resistir. Enquanto eu for presidente, nós não vamos abandonar competições. O Palmeiras não foge à luta. Temos que punir os criminosos”, falou a presidente.
“Eu tentei falar com o presidente da Conmebol (Alejandro Domínguez) sobre o caso e não consegui. Estão sendo muito displicente em relação a esses fatos”, revelou Leila.
Entenda o caso
Um dos principais jogadores do time sub-20 do Palmeiras, o atacante Luighi foi vítima de racismo de diversos torcedores durante a vitória palestrina sobre o Cerro Porteño por 3 a 0 na última quinta-feira, pela Libertadores.
Após o apito final, o jogador foi dar entrevista e se revoltou com o fato dos jornalistas não terem perguntado sobre os ataques que sofreu.
“Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso?”, disse o atacante, não conseguindo conter as lágrimas.
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