Com a colheita finalizada praticamente em todas as culturas de primeira safra, e as de segunda em andamento, o que falta agora é a conclusão do plantio das culturas de inverno e os números resultantes da terceira safra. Além disso, será necessário observar o comportamento climático, que pode influenciar na produtividade destas culturas.

Soja nas alturas

A safra da oleaginosa vai muito bem e a produção é um recorde de 120,4 milhões de toneladas, 4,7% a mais do que na safra passada. Foram semeados 36,8 milhões de hectares, alta de 2,7%. O maior produtor segue sendo o Mato Grosso, com área superior a 10 milhões de hectares e 35,4 milhões de toneladas, crescimento de 9,2%.

O estado que teve maior crescimento em produção foi o Paraná, passando de 16,2 milhões de toneladas para 20,7 milhões de toneladas, elevação de 27,8%. Já o Rio Grande do Sul amargou os impactos de uma severa estiagem, tendo queda significativa de 43.4%, índice maior do que o projetado anteriormente. 

Milho valorizado

Já o milho total, somatório da primeira, segunda e terceira safras chega ao recorde de 101 milhões de toneladas, com uma área de 18,5 milhões hectares. A produção nas três safras devem alcançar, respectivamente, 25,4 milhões de toneladas, 74,2 milhões de toneladas e 1,33 milhão de toneladas. No cereal a liderança também é do Mato Grosso, com 34,2 milhões de toneladas, uma alta de 9,5%. No Rio Grande do Sul também se repetiu a maior queda, de 31,8%, fechando em apenas 3,9 milhões de toneladas, quase dois milhões a menos.

Depois de se firmar como uma opção rentável para os produtores que aproveitam melhor a janela de plantio na segunda safra, começa a surgir a terceira safra de milho na região da Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia). A estimativa para este ano é uma colheita de 1,3 milhão de toneladas.

Outros grãos

A colheita de arroz está próxima do fim e sua produção está estimada em 11,1 milhões de toneladas, 6,5% superior ao volume produzido na safra passada. A produção de feijão chegará a 3,07 milhões de toneladas, 1,9% superior ao obtido em 2018/19. 

Finalmente, nas culturas de inverno, o trigo têm boas perspectivas, com um crescimento de 6,7% na área a ser cultivada e a produção devendo chegar a 5,7 milhões de t, dependendo do comportamento climático.