Procurado por Globo Rural, o Ministério da Cidadania informou, inicialmente, que a demanda estaria a cargo do Ministério da Agricultura. A pasta chefiada pela ministra Tereza Cristina, por sua vez, também informou pela assessoria que o benefício seria de competência da pasta chefiada por Onyx Lorenzoni.
Em um novo contato com a assessoria do Ministério da Cidadania, a reportagem recebeu uma nova informação. A de que os recursos necessários para o atendimento dos pequenos produtores gaúchos sairia da Defesa Civil, subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Procurado, o MDR informou, também via assessoria, não ter conhecimento do assunto.
Enquanto isso, entre 100 mil e 120 mil famílias do Rio Grande do Sul, com módulos pequenos entre quatro e seis hectares, têm registrado perdas de 40% a 80% por conta da seca, de acordo com as estimativas da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS).
“Como a estiagem está muito forte, esses produtores estão ficando sem renda, por isso o benefício é urgente. Tem município que está com dificuldade até para tomar água”
Carlos Joel da Silva, presidente da FETAG-RS
Silva relata que a situação está pior na região central do Estado, no Sul e no Vale do Taquari, mas todo o RS tem perdas. “Milho no cedo tem perdas em torno de 30%, e a safrinha não vai ter colheitas porque não tem chuva para isso. Na soja, a quebra registrada é de 45% a 50%. O leite também está caindo, porque a seca está afetando a silagem e não chove para o pasto dos animais. Hortifrutigranjeiro tem mais irrigação, mas mesmo assim está secando os reservatórios.”