O que muda no corpo da mulher depois do parto

Transformações físicas e emocionais desafiadoras podem ser superadas com paciência e apoio familiar

08/05/2020 – 09:28 | Por G.LAB PARA AMIL ONE

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Após meses de espera na gestação, o nascimento do bebê inicia uma nova fase de alegrias, aprendizados e descobertas na vida das mães. No entanto, esse período pós-parto também traz mudanças emocionais e físicas desafiadoras, que exigem resiliência e tranquilidade para serem superadas.

O puerpério, que começa depois do parto e vai até o retorno do corpo e do estado geral às condições anteriores à gestação, pode durar até seis semanas. Nessa fase, o organismo passa por uma verdadeira revolução: 

o útero, assim como a quantidade de sangue e líquidos acumulados durante a gravidez voltam ao volume normal, a pigmentação dos mamilos e órgãos genitais diminui e as mamas se transformam para que o aleitamento aconteça.

Nos primeiros dias depois do parto, as mamas começam a produção de colostro, uma secreção em pequeno volume e rica em anticorpos. A apojadura, que é a descida do leite, acontece após 72 horas do nascimento do bebê, e é comum que as mamas fiquem pesadas, quentes e doloridas. Conforme a amamentação vai se estabelecendo, esse desconforto tende a melhorar, mas febre e mal-estar devem ser sinais de alerta para uma possível inflamação, chamada de mastite.

A ginecologista e obstetra da rede do plano de saúde premium Amil One Maria Teresa Roncaglia explica que durante o puerpério acontece a elevação da prolactina, hormônio que produz o leite. Isso faz com que exista um bloqueio da função ovariana, diminuindo os níveis de estrógeno e fazendo com que a mulher não ovule. Segundo a especialista, dependendo da amamentação, algumas pessoas voltam a ovular 40 dias depois do parto, enquanto outras podem demorar mais de seis meses.

Após o parto acontece também um sangramento genital que dura aproximadamente 15 dias e, neste período, o útero vai se contraindo e diminui de tamanho. Após essas duas semanas, o fluxo diminui e pode permanecer intermitente por até 40 dias, fase em que o útero volta ao seu volume original.

Uma das preocupações das mulheres depois do parto é com relação ao sobrepeso. Maria Teresa afirma que a mulher pode perder de três a cinco quilos depois do parto e o restante é eliminado com o tempo.

“A amamentação e a volta gradual às atividades também auxiliam no emagrecimento, mas não pode haver pressa para que isso aconteça. Nessa fase, principalmente se a mulher estiver amamentando, não deve haver restrição da ingestão calórica e nem excesso de gasto calórico com exercícios físicos. Esse processo pode levar até 12 meses, por isso seja gentil com seu corpo e com você”, aconselha a médica.

Após o parto acontece também um sangramento genital que dura aproximadamente 15 dias e, neste período, o útero vai se contraindo e diminui de tamanho. Após essas duas semanas, o fluxo diminui e pode permanecer intermitente por até 40 dias, fase em que o útero volta ao seu volume original.

Uma das preocupações das mulheres depois do parto é com relação ao sobrepeso. Maria Teresa afirma que a mulher pode perder de três a cinco quilos depois do parto e o restante é eliminado com o tempo.

“A amamentação e a volta gradual às atividades também auxiliam no emagrecimento, mas não pode haver pressa para que isso aconteça. Nessa fase, principalmente se a mulher estiver amamentando, não deve haver restrição da ingestão calórica e nem excesso de gasto calórico com exercícios físicos. Esse processo pode levar até 12 meses, por isso seja gentil com seu corpo e com você”, aconselha a médica.

Algumas mães apresentam o chamado “blues”, que é uma sensação de tristeza, inadequação e insegurança depois do parto (Foto: Getty Images )

No aspecto psicológico, algumas mães apresentam o chamado “blues”, que é uma sensação de tristeza, inadequação e insegurança que pode surgir depois do parto. “É bastante comum e tende a melhorar conforme a situação está sendo controlada. Mas quando isso não acontece, a mulher pode desenvolver depressão puerperal e, nesse caso, é necessária intervenção médica especializada. Outro ponto importante é que tanto o parceiro quanto a família devem ficar atentos, percebendo se algo não está certo e se é hora de procurar ajuda”, diz Maria Teresa.

As alterações hormonais durante a amamentação também têm parte da responsabilidade pela diminuição da libido que muitas mulheres sentem nessa fase. Além disso, a privação de sono e o foco com os cuidados com o bebê também contribuem para essa condição. Com o passar do tempo, a tendência é que o bebê durma melhor, as mamadas vão se espaçando, a ovulação volta ao normal e a mulher se sente mais no controle da situação, o que faz com que o interesse sexual também retorne. “De modo geral, tudo volta ao normal. Basta ter paciência”, finaliza a médica.

Márcio Brito

Márcio Brito

Designer gráfico DaQui agência Digital e colaborador Mundial fm 91.3

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