Se isto continuar, como parece que vai, teremos uma moeda mais fortalecida e mercadorias brasileiras menos competitivas no mercado internacional, inclusive o milho, podendo haver um reajuste para menor nas expectativas de exportação deste cereal país para esta temporada e maior disponibilidade interna do produto, provocando preços menores à medida que este processo for ocorrendo, com a conseqüente tendência de baixa dos preços”, apontam os analistas da T&F.

Já o movimento contrário de médio e longo prazos, de acordo com eles, viria da pouca disponibilidade de soja brasileira da safra 2019/20, com a maioria dos agricultores já tendo aproveitado os bons preços do primeiro semestre deste ano. O país já vendeu mais de 90% de sua safra e a indústria ainda tem mais 6 meses para produzir farelo e óleo para atender ao mercado interno. 

“A Abiove está projetando os menores estoques finais de soja no Brasil dos últimos 10 anos, tanto em soja, quanto em óleo de soja. Isto deverá manter os preços ainda lucrativos, no segundo semestre, mesmo que não nos mesmos níveis do primeiro, mesmo que o dólar caia mais, como está sendo projetado pela maioria dos analistas financeiros. Esta safra é para ficar na história, tal o índice de lucratividade que já proporcionou”, concluem os analistas da T&F.