O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a hipótese de o Brasil não conseguir reverter as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pretende aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
“Neste momento, eu nem trabalho com a hipótese de a gente não superar esse negócio, porque vai atrapalhar a economia deles”, disse em entrevista ao Estadão, publicada nesta quinta-feira (17/7).
O ministro mencionou os setores de aviação, suco, café e carne, dos quais os Estados Unidos têm dependência brasileira. “São coisas que vão encarecer o café da manhã do americano. Então, vai vendo como isso não faz muito sentido, do ponto de vista econômico.”
Sobre as investigações abertas pelo Escritório do Representante de Comércio (USTR) americano, que citam temas como Pix, pirataria e desmatamento, o chefe da equipe econômica afirmou que o governo está procurando a racionalidade por trás da iniciativa.
“Os Estados Unidos deveriam estar copiando o Pix. O Pix pode ser exportado como uma tecnologia que vai facilitar muito a vida das pessoas. Você não se incomoda com criptomoeda e vai se incomodar com o Pix? Qual é o sentido disso? É difícil compreender”, destacou.






