A jovem mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, acaba de entrar para a história ao ser anunciada como a primeira mulher brasileira a viajar ao espaço. Natural de Contagem (MG), ela foi selecionada como astronauta de carreira e participará do voo inaugural da Titans Space, empresa privada do setor aeroespacial, previsto para 2029.
A missão será comandada pelo veterano da Nasa Bill McArthur e marca o início de uma nova fase na exploração espacial conduzida por empresas privadas. Laysa irá compor a tripulação responsável por operar voos espaciais rumo a estações espaciais comerciais, além de integrar futuras missões tripuladas à Lua e a Marte.
“É uma honra levar a bandeira do Brasil comigo como a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira”, escreveu Laysa em um comunicado publicado em seu perfil no Instagram.
Do asteroide à missão espacial
A trajetória de Laysa no universo da ciência começou cedo. Em 2020, aos 18 anos, quando ainda cursava Física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela descobriu um asteroide durante uma campanha da Nasa voltada à identificação de corpos celestes. O astro foi batizado inicialmente de LPS0003. No mesmo ano, ela conquistou a medalha de prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica.
Seu talento a levou, em 2021, aos Estados Unidos, onde concluiu o curso Advanced Space Academy no Space & Rocket Center, em Huntsville, Alabama. Pouco tempo depois, ingressou na própria Nasa, onde passou a liderar projetos de pesquisa ligados ao desenvolvimento de tecnologias para a exploração espacial.
Entre os projetos coordenados por Laysa estão o MADSS, uma sonda que deve ser enviada a Saturno em 2029, e o AquaMoon, que visa à extração e transformação de água da subsuperfície lunar — iniciativas estratégicas para futuras missões interplanetárias.
Reconhecimento e rotina compartilhada
Em 2023, o nome de Laysa ganhou ainda mais projeção ao ser incluído na prestigiada lista Forbes Under 30, que reconhece os jovens mais promissores do Brasil. Ela foi destaque na categoria Ciência e Educação.
Hoje, além de continuar sua formação com voos suborbitais, missões privadas e treinamento como piloto, Laysa compartilha com frequência sua rotina de estudos e pesquisas em suas redes sociais, onde inspira milhares de jovens brasileiros apaixonados por ciência.
Sua missão, no entanto, vai além das fronteiras da Terra. Ela carrega também o peso simbólico de representar o Brasil e abrir caminho para futuras gerações de mulheres na ciência e na exploração espacial.
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