Professores de universidades baianas são premiados no Jabuti Acadêmico

Três professores de universidades baianas estão entre os vencedores do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, concedido pela Câmara Brasileira do Livro a produções de destaque nas áreas científica e cultural.

Naomar de Almeida Filho, professor do Instituto de Saúde Coletiva e ex-reitor da Ufba, conquistou o primeiro lugar na categoria Enfermagem, Farmácia, Saúde Coletiva e Serviço Social. A obra premiada, “Epidemiologia no Pós-Pandemia: de ciência tímida à ciência emergente” (Editora Fiocruz), analisa os impactos da pandemia de Covid-19 sobre os paradigmas da epidemiologia contemporânea.

Já na categoria Letras, Linguística e Estudos Literários, o premiado foi Jorge Augusto, professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e do programa de pós graduação do Instituto de Letras da Ufba. Em “Modernismo Negro” (Segundo Selo), o autor propõe uma releitura do modernismo brasileiro a partir da centralidade de autores e tradições negras, deslocando a narrativa dominante sobre o movimento literário.

“Eu recebi a notícia com alegria. E dentre os muitos motivos dessa alegria está ganhar o prêmio tendo sido publicado por uma editora da periferia de Salvador, do bairro da Liberdade, a Editora Segundo Selo, e de ser um livro construído em intensivo diálogo com a cena cultural e intelectual, negra, da Bahia e do Brasil. Uma conversa com muitos pesquisadores poetas e intelectuais baianos que conferem, para mim, um sabor especial ao prêmio”, celebra Jorge Augusto. “Fico feliz porque acredito que na Bahia hoje temos uma cena fundamental da crítica literária brasileira e eu converso diretamente com essa crítica de homens e mulheres negras, para fazer o livro”..

O livro é centrado na obra de Lima Barreto e isso também é destacado pelo professor. “Além disso uma alegria profunda por conseguir dialogar de forma consistente com o trabalho desse enorme Lima Barreto, tentando trazer novas perspectivas sobre sua obra, e, através dela, sobre a literatura brasileira e a literatura negra”.

“Modernismo Negro” foi publicado pela editora Segundo Selo, que em quatro anos chega a sua terceira final nos grandes prêmios brasileiros – 2002 foi finalista do Prêmio Jabuti com Tatiana Nascimento e 2023 do Prêmio Oceanos com Ricardo Aleixo. Agora, ganha o Jabuti Acadêmico com Jorge Augusto. “É muito difícil para uma editora pequena como é a Segundo Selo emplacar um prêmio desse. E a editora publica pessoas negras há 12 anos em Salvador e na Bahia”, destaca

Por fim, na área de Filosofia, o prêmio foi concedido a João Carlos Salles, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e também ex-reitor da Ufba. O livro “Gatos, peixes e elefantes: a gramática dos acordos profundos” (Aretê) discute, a partir do pensamento de Ludwig Wittgenstein, os limites do entendimento e as bases dos desacordos profundos.

 

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